Olá queridos leitores,
Hoje vou falar um pouco sobre o cálculo para iluminação do método ponto a ponto, que
serve para calcular qual grau de abertura uma lâmpada deve ter para que tenha um
diâmetro desejado no plano, qual a quantidade de luz vai ter numa determinada
superfície ou qual sua potencia para que isso seja alcançada.
Vamos começar por uma fórmula pequena:
Cálculo de iluminância perpendicular à superfície.
A distância “d” entre a fonte de luz e o objeto a ser iluminado.
E = I / d² 
Onde:
I= Intensidade luminosa (cd= candela, unidade de medida da lâmpada de foco,
quantidade de luz numa única direção,geralmente informada pelo fabricante) lançada
verticalmente sobre o ponto considerado.
Lei do inverso do quadrado da distância
Esse método demonstra que a iluminância (E) quantidade de luz definido pela norma
ABNT definida por quantidade de Lux, é inversamente proporcional ao quadrado da
distância.
Exemplo:
Calcular a iluminância de destaque de uma oja sobre o balcão. Lampada utilizada:
Halogena OSRAM DECOSTAR 51 50W – facho de luz 10°.

Consultar o catalogo com as informações do fabricante:

Aplica a fórmula : E = I / h² Intensidade luminosa da lampada: I=12.500cd (fornecida
pelo catálogo) Altura: h= 3,70m
E = 12500/3.70² E = 913 lux
Considerando-se, por exemplo, que a iluminação geral dessa loja é de 500lux, temos um
fator aproximadamente 2:1.
Outro exemplo para saber qual grau de abertura a lâmpada deve ter:
Qual será o angulo de facho da luz de uma lampada AR111 para que consiga iluminar
uma área de 70cm de diâmetro, a 4m de distância?

Solução:
α = 2 . arc tg r/d
α = 2 . arc tg 0,35/ 4,00
α = 10°
Assim, você acha o ângulo de abertura da lâmpada que deve ter para que consiga
iluminar o diâmetro desejado.
Cálculo de iluminância NÃO perpendicular à superfície.
Depois, você precisa de umas regrinhas da trigonometria, chamada
->Razões trigonométricas:
Fazendo assim, tendo como base um triângulo retângulo, que relaciona a semelhança
entre triângulos, ( ΔBEA, ΔCAE, ΔACB) para demonstrar o teorema de Pitágoras, podemos
definir algumas relações que envolvem os ângulos (α = alfa) e (ß = beta) do triangulo
retângulo. São eles o Seno, Co-seno e a tangente. Definimos essas linhas trigonométricas
da seguinte forma:

Se a incidência da luz não for perpendicular ao plano do objeto, como um plano de
trabalho, a fórmula passa a ser:
Sendo Eh= Iluminância horizontal.
Ev= Iluminância vertical.

Exemplo:
No caso abaixo, aplica-se a formula: E = Iα . cos³ α / h²
e depois aplica: I = (cd/1000) x F
I : Intensidade luminosa em candelas
F : Fluxo luminoso da luminária em lm ( lúmens)

Com esse tipo de luminária: PHILIPS TBS 050-M2 para 02 lampadas fluorescentes
tubulares ECO MASTER de 32w com 2.700 lúmens cada uma.

->Curvas fotométricas
Cada luminária tem sua curva fotométrica (CDL) com as respectivas intensidades
luminosas:

Os fabricantes sérios informam gráficos onde as curvas são expressas em candelas (cd)
por 1000 lúmens (lm) de acordo com os ângulos de incidência (0 à 180°) nos sentidos
transversal e longitudinal da luminária.
Para calcular a iluminância em um ponto na mesa situado a um ângulo de 30°, temos
que a Intensidade luminosa ( I ), tirada do gráfico é de 240 cd (candelas).

Como os valores no gráficos são padronizados a cada 1000 lúmens, temos:
I = (cd/1000) x F
I : Intensidade luminosa em candelas e F : Fluxo luminoso da luminária em lm ( lúmens)
Então, nosso exemplo:
I = (240/1000) . (2 . 2700)
I = 1296 cd (candelas)
Aplicando a fórmula: E = Iα . cos³ α / h²
E = (1296 . Cos³30°)/2² E = 210 lux
Caso o nível mínimo recomendado pela norma fosse 500lx, uma luminária nessa posição
e com essas características não seria suficiente para iluminar a sala para o trabalho.
Por hoje é só pessoal, não é difícil, apenas trabalhoso…
Qualquer dúvida é só me mandar um e-mail : mary@arquiteturadailuminacao.com
Obrigada e até a próxima.
Beijos Ma.